Quando Gregor Samsa despertou, certa manhã, de um sonho agitado viu que se transformara, durante o sono, numa espécie monstruosa de insecto. A Metamorfose - Franz Kafka
Ontem, pelo acaso que a minha profissão permite, estive a falar com um idoso Velejador solitário, que seguia caminho em direcção às costas do Adriático, que aportara à marina. Apenas trazia como companhia, no seu acanhado "catamaran", por um pequeno cão. Sem raça, apenas e só um cão. Um cão, com alma de gente. Quem gosta de cães percebe o que quero dizer. Era um Cão de muitos mares. Tinha 13 anos, disse-me depois o Velejador. Ao entrar no escritório deixou o cão à (...)
Gostaria de hoje e aqui deixar um abraço fraterno aos, poucos, que ainda passam por este blogue na sua demanda virtual e que o vão lendo, assim como nós o vamos fazendo igualmente por essa blogoesfera afora. A culpa da sua não actualização deve-se a um pequeno facto; deixámos de nos absorver pelo quotidiano dos media, o que não quer dizer que, vadios como nos orgulhamos de (...)
cartoon: Angel Boligan, El Universal - México O Estado em Portugal é, políticamente, um Estado social para as grandes empresas e grupos económicos, neo-liberal para as médias e pequenas empresas e um estado fascista para com as classes trabalhadoras.
Ontem sobre o "Prós e Contras" : a extraordinária informalidade de António Manuel Hespanha. A complexidade presente não impede de continuarmos a reconstituir e a estudar o passado e a realizar comparações. Na análise encontram-se momentos semelhantes ao presente e tal nunca impediu que não fossem encontradas soluções. Numa sociedade onde as marcas do Estado Novo ainda perduram, impedindo a democracia e a sociedade de respirarem saudavelmente, não poderíamos (...)
Resumindo e concluindo sou contra os conservadores e o conservadorismo. Afinal de contas eles, os conservadores, apenas querem conservar qualquer coisa. Seja o actual estado das coisas, sejam as coisas no seu actual estado. Embora não tenha nada contra os nostálgicos que, embora conservadores, apelam a um outro tipo de sentimento, mais elaborado, procurando que as coisas boas não desapareçam. Daí que hoje tenha chegado à conclusão que sou nostálgico e tenha usado um sobretudo dos (...)
Acontece sempre aos Domingos. Gosto de ficar na cama. Quando posso. Antigamente podia sempre. Agora não. Levo para a borda da cama todos os livros e jornais que encontro, espalhados pela casa. Refastelo a cabeça e parte das costas em três almofadas escolhidas criteriosamente. E assim passo as tardes, sim as tardes, dos Domingos. Embora não tenha relógio à cabeceira e o móvel lateral, a que chamam mesinha, tenha outras utilidades, sei que é de tarde. O relógio não (...)