"[...] num país, onde a inteligência é um capital inútil e onde o único capital deveras produtivo é a falta de vergonha e a falta de escrúpulos - o diagnóstico impõe-se per si. O desalento e a descrença alastra. No ar respira-se o cepticismo. E, à medida que o mal-estar colectivo se esvai resolvendo quotidianamente em tragédias individuais, o sentido da vida, em Portugal, (...)
Proponho para que se entenda para além do demasiado óbvio onde é pretendo chegar com o "post" abaixo. Proponho dois textos, onde as ilações, que ambos vão retirando dos contextos que analisam, distam quase pouco mais de um século. Sei que ler é hoje uma actividade penosa e quase clandestina. Seria interessante reter um ponto essencial: os partidos políticos portugueses aparentam ser (ou são!) estruturas de muito longa duração em muitas das suas (...)
Não consigo entender muito bem como funciona o jornalismo de investigação no New York Times. Explicando-me melhor não percebo como é que se consegue descobrir um escândalo sexual que envolve um governador em Nova Iorque, nem como se desmascaram velhos e sábios generais que se prestaram a defender as políticas do (...)
foto: darkmatter O fogo lavra mansamente por essa Europa fora. Não me refiro aos incêndios florestais domésticos, estou a falar da contestação social e das formas que vejo assumidas. Do Reino Unido a Françaos nervos estão em franja. (...)
O Orçamento de Estado para 2009 é, como se previa, uma espécie de oráculo de Delfos, cujas predições são passíveis de múltiplas leituras. Esquema habitual em oráculos. Ora um país não pode viver, nem sobreviver, sobre as ordens de uma qualquer pitonisa, com tal instrumento em mãos. O que este permite pode desvirtuar o próximo resultado saído das (...)