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PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

26.Fev.09

Mudam-se os tempos, mas as vontades são as mesmas

 

Mudaram as tecnologias, os tempos, os nomes dos personagens, embora alguns possuam linhagem nos corredores do poder, seja no de hoje ou no de há cem anos, naquele tempo era o tetravó de fulano de tal que era corregedor ou qualquer coisa parecida. São as elites estúpidos. Mas o que não muda muito são as fórmulas, readaptada ali, ratadas acolá, de que Portugal é o primeiro país do mundo nisto e naquilo. Como que afagando o ego à identidade. Nacionalismos serôdios, diria o tio Pardal. A função Primária está lá toda no "computadorzinho" actual e na ardósia do Estado Novo. As diferenças, bem é tentar descobri-las. Dou uma pista: Quem foi Magalhães?  Herói-navegador da ideologia do Estado Novo, embora a viagem que o coloca  nos factos históricos tenha sido realizada a expensas do Estado Espanhol. Mas o facto relevante para a historiografia do Estado Novo é que Fernão de Magalhães era português, o facto de realizar a circum-navegação ao serviço de Espanha, não interessava nada. O resultado para muitos portugueses é que hoje aparenta que a viagem que circundou o planeta, iniciada por Magalhães e terminada por Juan Sebastián Elcano, é feito atribuído às nossas navegações. O único país do mundo...tal como nos tentam vender a ideia do "computadorzinho", que serve para escamotear outras questões, que alguns ideólogos encartados, e de vistas muito curtas, consideram menores e indignas de serem discutidas no areópago da democracia.