Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

24.Dez.13

Cantinho de poesia na noite de consoada

Os bons vi sempre passar

No mundo graves tormentos;

E para mais me espantar,

Os maus vi sempre nadar

 

Em mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assim

O bem tão mal ordenado,

Fui mau, mas fui castigado:

Assim que só para mim

Anda o mundo concertado

 

 

Camões, Luís Vaz de

 

12.Dez.13

Feliz Natal

chegou finalmente a promoção springfield de 50% para toda a colecção inverno,  mas o desejo é que chegue a promoção da colecção spring depressa antes que esgote.

12.Dez.13

um post sobre livros

Com o avançar da idade repara que existem cada vez mais coisas que vão sendo descontinuadas. Como exemplo, descontinuaram o ajax, e Você vê-se na contingência de ter que usar omo, ouve dizer que também este irá ser descontinuado. Uma chatice. Até ao dia, em que será você que surge no rol dos produtos descontinuados. (Porra, que pensamento tão estranho)

04.Dez.13

Crónicas de Inverno . A Torre do Relógio

 

arquivo Fernando Correia de Oliveira.

 

 

A forma encontrada para se conseguir ver a beira mar da zona da Esplanada "Silva Guimarães", foi deixar autóctones e os forasteiros turistas subir à Torre. É, de qualquer forma, factor positivo na demanda do "Santo Graal" do turismo. Mantendo um "ar do tempo" na "Torre do Relógio", permitindo a visita e o desfrute dos horizontes que se avistam do cimo da torre, é mais valia para o turismo figueirense. Pede-se contudo às autoridades que não digitalizem o dito relógio da Torre, se faz favor.

 

 

 

Em "Crónicas de Inverno. sobre a  cidade da Figueira da Foz, e seus arrabaldes",

edição no prelo, Dezembro de 2013.

04.Dez.13

Sobre o retorno da cultura

Vou-me Embora pra Pasárgada

 

de Manuel Bandeira

 

 

 

 

Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive

E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.