nada que te diga
por hora
mudará
a cor do céu
a insônia inquieta
o movimento das marés
o vôo das borboletas e pássaros
... o rumo dos nossos passos trôpegos
contudo
houve um tempo
em que dizíamos
palavras de pintar o céu
da cor que nossa imaginação sonhasse
houve um tempo
em que as noites eram pequenas
para o brilho d’estrelas em nosso olhar
houve um tempo
em que o mar cabia em nossas lágrimas
e mesmo sem asas, voávamos com borboletas e pássaros
... houve um tempo
por hora, nada que te diga mudará
a cor do céu
a insônia inquieta
o movimento das marés
o vôo das borboletas e pássaros
... ind'assim
precisamos seguir
mesmo com passos trôpegos
ao invés de quedarmos
pelo que se foi
Batista Filho
Sábio o poeta que finge que não tem dor, quando a dor é maior que ele.
Foto: retirada daqui
Este blogue acaba aqui. Se algum dia voltarmos à blogoesfera, muitas coisas terão entretanto mudado. E este já não fará mais sentido. Obrigado pela vossa persistência, pela vossa paciência, pela vossa presença invísível, mas concreta.
Carlos Freitas