Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

27.Mai.10

o país inho

Povo é um tropo no jargão da "discursatazinha", da "oratóriazinha", do "discurseco" ou "zinho" "inaugurativozinho", da visitinha com "capacetezinho" branquinho, onde se ostenta a placazinha com o "nomezinho" de sua "exelênciazinha", no seio da classe "políticazinha" portuguesinha. Por isso é que quando o desenhou Bordalo, lhe chamou  Zé Povinho. Pobrezito do nosso povinho. Tenho tanta peninha do nosso povinho. Coitadito.

 

 

P.S or D: entre aspas os erros gramaticais em língua portuguesa.

 

Créditos da imagem: Desenho de Rafael Bordalo Pinheiro, em a Paródia, nº 24 de 27 de Junho de 1900

21.Mai.10

Peço desculpa

Foto: Luis Costa

O Sr. Doutor Francisco Pinto Balsemão, afirmou, recentemente, que o país vive acima das suas possibilidades. Venho, por este modo, declarar que não assumo e não me responsabilizo por qualquer dívida contraída ou a contrair pelos amigos e conhecidos do Sr. Dr. Francisco Pinto Balsemão, nem do Bloco Central, a partir de 1976. O Senhor Engenheiro José Sócrates afirmou, também recentemente, que o mundo mudou. Dei por isso. O primeiro Sócrates tomou cicuta. O senhor Engenheiro José Sócrates quer, que a cicuta, passe a ser taxada à taxa legal de I.V.A. em vigor, não se sabe se a partir de 1 de Janeiro, se a partir de 1 de Junho.  Entendam-se. Peço desculpa,  por tão estranha exigência. Entretanto vi um Coelho, recentemente e também em entrevista, a trocar as patas da frente, com as detrás. O seu mentor, um respeitável senhor, no canal televisivo lado, canal que, por sinal, pertencia ao primeiro senhor Doutor, também ele estimável, e acima citado,  debitava "ipsis verbis" o que o seu discípulo debitava no outro canal. Não fiquei confuso mas, juro, que não tomei cicuta!

17.Mai.10

A favor

( Carregar na foto )

 

Não é bandeira da esquerda, seja esta qual for, não é bandeira, é liberdade. De cada um escolher e estar na vida. E a vida não é pertença de mais ninguém,  a não ser do próprio.

17.Mai.10

É maior o IT que o Post

 

Tropeço, ultimamente, a cada passo em pedidos de desculpa, de compreensão, alguns chegam até embalados a "Bem da Nação", sobre a necessidade do esforço comum, repartido através de um aumento de impostos, de carga fiscal. Algumas a despropósito, quando reduzidas ,e porque reduzidas como medidas de puro eleitoralismo. Manutenção no poder com o intuito de saciar as clientelas políticas que ajudam a efectivar esse desejo. Na realidade eu desculpo, eu compreendo, eu até deixo passar o a "Bem da Nação" - e esta frase, como eu a compreendo - percebo o esforço mas distribuído apenas aos eternos pagadores, compreendo o desperdício, o clientelismo laboral no Estado,  o despesismo, as obras faraónicas, com que cada político quer deixar a sua marca na historiazinha da sua vida política, desde que soubéssemos nós - enquanto povo, enquanto Nação - o que devíamos exigir, definir e desejar, quando nos deixam votar. Fora isso não desculpo, não compreendo e não aceito nada. Zero. E ainda não ouvi o que sua Ex.ª logo mais pela noite irá esclarecer. Embora adivinhe.

14.Mai.10

Citações inutéis

 

Há tempos lia, não vou dizer onde, nem quem é o autor, deixo isso à vossa fantasia. Dentro de alguns dias colocarei  o nome do seu autor. Alguns, irão dar pelo seu engano, outros, pelo seu acerto. No fundo, com esta citação inútil, é isso que pretendo. Mesmo que ninguém alvitre seja o que for. Transcrevo:

"O mal das empresas capitalistas está em perderem de vista a função social do dinheiro para se absorverem na conquista do lucro sem contemplação por outros interesses. Quando uma empresa, porém, utiliza o seu poderio económico para pôr a iniciativa ao serviço da colectividade, retirando para o capital o justo lucro, mas espalhando ao redor de si benefícios de toda a ordem, numa equitativa repartição do produto da conjugação do dinheiro, da técnica e do trabalho, essa empresa justifica moralmente a sua existência e ganha o direito à consideração pública"

Quanto à sua autoria deixo esse desafio inteiramente à vossa fantasia...

Era fácil...


Marcelo José das Neves Alves Caetano (Lisboa, 17 de Agosto de 1906 — Rio de Janeiro, 26 de Outubro de 1980)

14.Mai.10

Facebokas

 

 

O Rui foi meu professor. Nas aulas, a disciplina era de opção, sentava-me habitualmente nas ultimas carteiras da sala. Sempre no canto esquerdo. Nunca me sentei no canto direito. Ao longo de um ano, sim, ainda estávamos fora de Bolonha, aprendi, além das matérias abordadas, a gostar do ser humano que o Rui sabe ser. A forma como o Rui abordava os assuntos, o fino sentido de humor. O Rui obriga-me agora trata-lo por tu. Por vezes esqueço-me e lá volto ao velho tratamento. Mas o Rui, sabe o porquê deste esquecimento. O Rui não vai ficar chateado por. mas uma vez, o ir citar, nas deliciosas notas que vai plantando em A Terceira Noite. A última refere-se ao Facebook. Tendo também, e mais recentemente, entrado na plataforma social, onde os intuitos eram os mesmos que o Rui expõe. Passatempo. Manter com  família mais chegada trocas de pequenos "galhardetes", pequenos apartes, apenas entendidos entre nós, etc.. Contudo as pessoas que se movimentam na esfera mais privada da minha vida particular  foram achando pouca piada à conversa que ia, aqui e ali, mantendo, com outros amigos, neste caso amigas "virtuais", a quem fui abrindo a caixinha do Facebook. E, o caso azedou. Feriram-se susceptibilidades. Nunca me imaginei a ter que gerir este tipo de situações. A trivialidade assumiu proporções que ultrapassavam uma saudável relação com o mundo virtual. Raiou as fronteiras do alienante. Tal como o Rui, não quero chegar a presidente de nenhuma junta de freguesia, nem de nenhum clube recreativo e cultural, seja lá onde for. Queria apenas ir debitando alguns gostos pessoais, pequenos ditos sem grande importância, trocando impressões, com quem as sabia trocar. Nem sequer o intuito de coleccionar "amigos virtuais" como se de uma "colecção de cromos" se tratasse, como  por ali acontece não raras vezes, e a quem não se presta atenção. Alguém escreveu que o Facebook apresenta alguma similariedade com uma parte do que somos, quer como indivíduos, quer como sociedade. Hoje ao abrir o blogue do Rui, para além de textos com muito mais importância, destacava-se este, pela forma como está escrito, ultrapassa aquilo que poderia escrever sobre as "férias" que resolvi tirar no Facebook.

Pág. 1/3