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Corria o Rotativismo monárquico...mais coisa, menos coisa...a imberbe burguesia nacional, nascida por entre as cinzas da velha, depauperada e absolutamente arruinada aristocracia, necessitada de reconhecimento, nascida urbana, mas com os dois pés assentes completamente na ruralidade, pedia para si medalhas, comendas e prebendas. Comprava. O dinheiro havia-lhe chegado por via de um grande negócio que foi a a "venda dos bens nacionais", ali, mais coisa , menos coisa, entre 1834 e 1843. Tentando, e conseguindo, substituir os antigos terratenentes irá copiar-lhes (para muito pior) os tiques e o estilo. O regime não se faria rogado. De tal modo que cresceu o dito "foge cão que te fazem barão. Para onde? Se me fazem conde!", tal o despautério das atribuições. A República, também ela, não fugiria aos tiques herdando, e reproduzindo, por sua vez, aquilo a que procurava, e em grande parte conseguiria, desmanchar. Aos cem anos dessa mesma República estou eu para aqui boquiaberto com semelhante desconchavo da Centenária.