o meu estado
Perante o estado da Nação refiro dois pontos. O acto de Rangel, no discurso de despedida do parlamento português, onde realça alguns deputados de todas as bancadas parlamentares. Por fim o desastre em que se encontra a nação perante a crispação, a troca de impropérios lançados pelos deputados e governo, representado na pessoa do primeiro-ministro. Facto que devia servir para uma profunda reflexão sobre o que pretendemos quanto ao nosso futuro e quanto aos partidos políticos que nos representam. A existir fotografia todos ficaram muito mal nela. O caso Pinho, ele próprio vítima das mais encarniçadas caricaturas é, após o recente episódio da troca de galhardetes entre dois deputados, que não foram demitidos do Parlamento, um mero episódio de um debate que esteve muito perto da literatura de cordel. Pelo acontecido apenas desejo que a comunicação social consiga lançar alguma luz sobre o que na realidade se passa nas minas em Aljustrel. A demissão - óbvia - do ministro revela o facto interessante de que em Portugal não se demitem ministros por más políticas mas por gestos de falta de educação no ardor do debate político. Eis o triste estado de uma pobre nação que se "encorna" a si mesma.