Normalmente abstenho-me de referências agrícolas. Sou urbano embora pouco depressivo e sem horta. Mas...se cá nevasse fazia-se cá ski... reminiscências de uma velha canção do cançonetismo pós - pós revolução. Mas vamos ao que interessa. Os ingleses, os da velha Albion, utilizam um termo, com fraca correspondência por cá, mas com lauta utilização, sobretudo após eleições. É o chamado "Cherry picking" que vou tentar traduzir em poucas palavras, que é para isso que servem os termos ingleses: acto de explicar os dados ou uma determinada posição ignorando parte significativa dos casos relacionados ou dos dados que podem contradizer essa posição. Por cá diz-se que a conversa é como as cerejas. Afinal também temos reduções interessantes. Onde é que entra a pulga das couves? Parece que estas se reproduzem de forma vertiginosa alimentando-se exclusivamente da seiva da planta. Afinal quem são aqui as pulgas? Apenas serve de metáfora para os que ad eternum continuam a praticar a arte do "cherry picking", um barrete que serve a determinadas cabecinhas de alho.