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Fonte: Wikipédia
Os dois milhões de pobres em Portugal devia fazer-nos pensar e muito sobre o país que na realidade somos. Realidade que obriga o país (uma vez mais) a caminhar na cauda da Europa. Europa que nos interessa apenas na medida das nomeações para eurodeputados (profissão bem remunerada) que em tempo de eleições se dedicam ao seu desporto habitual: a chacina entre políticos concorrentes, com relevante interesse mediático, mas pouco interessante para a vida nacional. Dois milhões de pobres reflectem as diversas pobrezas em que somos ricos, na qual os interesses particulares ou sectoriais (partidários) se sobrepõem ao interesse comum. Infelizmente, os números, avisam que este rumo não é consentâneo com uma sociedade democrática antes com uma sociedade terceiro-mundista, aquela que de forma paulatina tem sido construída. Realidade escamoteada que no entanto surge no dia-a-dia com maior pertinácia. Dois milhões de pobres num universo de dez milhões é afinal o resultado desse caminho. O caminho que afinal temos vindo a escolher no decurso das últimas décadas. Por isso façam favor de ser pobres.