Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

28.Dez.08

Da queda dos poderosos

 

Calcorreando pelo sul a Serra da Lousã, entre Espinhal e Podentes, terras cujo povoamento data da pré-fundação deste Portugal, surgiu, de repente, numa curva da estrada, este exemplar do património construído e tão "perfeitamente" abandonado. Guardado, sim. Um rebanho de ovelhas e cabras mansamente ocupava o espaço frontal ao edifício, servindo-se dele como pastadouro. A solidão e a beleza de uma tarde nos contrafortes daquelas serranias trouxe consigo a reflexão sobre a queda dos poderosos e a forma como continuamos a proteger a identidade do território, das gentes e das suas memórias.

 

A nossa foto reporta-se a um palacete existente, pertença da familia dos Condes de Fijó, na Quinta da Boiça, Penela.

27.Dez.08

Mitos e lendas entre os cavaleiros da Távola Redonda

O Orçamento de Estado para 2009 é, como se previa, uma espécie de oráculo de Delfos, cujas predições são passíveis de múltiplas leituras. Esquema habitual em oráculos.  Ora um país não pode viver, nem sobreviver, sobre as ordens de uma qualquer pitonisa, com tal instrumento em mãos. O que este permite pode desvirtuar o próximo resultado saído das eleições. Presidente da República e Primeiro-Ministro, dependentes e interdependentes, são a face de um dos lados da moeda, má, por sinal, que o Orçamento encerra. Dependentes, porque reféns, de eleições próximas, os dois pilares do Estado democrático começaram já a "contar espingardas" para a guerra que se avizinha, que, sem sombra para grandes dúvidas, se desenrolará entre ambos. O problema, sabem-no eles muito bem,  é que os cavalos também se podem abater, hoje, mais que ontem, amanhã, mais do que hoje. Nunca se sabendo qual o cavalo que se segue. Uma incógnita trazida pela nova conjuntura vivida. O problema é agora esse. Aguardando por ordens de Washington, a "corrida à portuguesa"  encerra muitas lutas apeadas. Entre peões e quejandos. Basta estar atento e deixar correr o orçamento. Enquanto as classes denominadas párias da democracia são enoveladas numa excessiva carga fiscal, desenrolasse ao seu lado um autêntico  "bodo aos pobres" entre os eleitos deste orçamento. Que não são seguramente os contribuintes líquidos, mais numerosos, como já vem sendo hábito da nossa democracia. Dai que esta seja a última carta, de um baralho desconhecido, que resta. Mas para jogar, não basta ter cartas, é necessário saber joga-las.

23.Dez.08

situação muito pouco ortodoxa

 

  • Cá em casa o Outono obrigou-nos  a viver o autentico, o verdadeiro síndroma gripal. Tem sido de caixão à cova, como é costume dizer-se. Um inferno gripal que se instalou, até a Noya, teve de receber a sua quota parte de assistência veterinária, devido ao contágio. Pensando que a coisa havia de todo passado, não é que retornou e em força nestes últimos dias! Andamos a ver se matamos o vírus de vez. Até lá quem sofre? O comércio tradicional, já que a farmácia do Sr. Ferreira tem tido contribuição faustosa para a época. Resta-nos aguardar que a medicina ocidental cumpra a sua função.
  •  

18.Dez.08

A saga dos melhores do ano (continuação)

Há quem lhes chame  "gadgets", embora dispositivo não signifique o mesmo, é o mais próximo que existe na língua portuguesa. O Prosas Vadias elege hoje o dispositivo do ano, a inconfundível

 

  

 

ex-pasta medicinal da Couto, S.A. (a comunidade europeia não permite que continue a ostentar a designação de medicinal)  surgindo actualmente com a designação de dentífrica, que branqueia, desde 1932, alguns dos sistemas dentários portugueses. Embora sejamos muito mais recentes é com ela que branqueamos o sistema dentário.

 

ADENDA(1): Perguntam-me  se existem branqueadores para outros sistemas? Existem. Este "gadget", por exemplo, permitia que se branqueassem outros sistemas.

ADENDA(2): Se for considerado publicidade a referência a uma marca portuguesa...então que o seja. Sem problema, eles não me pagam nada e eu não me importo nada com isso. Quanto ao outro "gadget", a referência, não pode ser considerada como publicitária, tendo em conta o seu encerramento.

16.Dez.08

Entretanto...

"admitiu que "com este PS", liderado por José Sócrates, "dificilmente" será candidato nas próximas eleições legislativas." Não é preciso. É mais que provável. Quase certeza. É a lei dessa velha lógica política, a de quem não está connosco, está contra nós. Eis o último folego num partido que se afirma enquanto projecto de esquerda. Mas já lá vai algum tempo que se dizia que Mário Soares havia enfiado o socialismo na gaveta, embora então muitos afirmassem que tal não era verdade, nem projecto. Muitos anos depois...na aldeia gaulesa...

ouve-se de novo música, muito pouco agradável para os ouvidos neo-liberais que pastoreiam o actual partido. Embora, como na banda desenhada, firmemente manietado, devido à pouca qualidade da música executada, nunca o fiel bardo foi banido da aldeia. Ou ele, por vontade própria, se exilou. Nunca, de forma conclusiva. Daí que os próximos capítulos da saga tragam peripécias dignas da aldeia gaulesa em que se transformou o Partido do punho, desculpem, da rosa.

Pág. 1/3