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PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

24.Out.08

Uma piada sobre gatos assados

Aparentemente parece que a Igreja (neste caso, a Católica) nutre algum ódio de estimação por certos animais. O exemplo da arca de Noé nunca terá sido até agora muito considerado, embora as pombas tenham de certo modo escapado, não se dê o caso de os sistemas electrónicos em redor das nossas igrejas matarem algumas. A defesa do património impôs-se e bem. Entre pato (com laranja) e gatos eles não parecem fazer grande distinção. Embora perdizes, codornizes, e outras iguarias, mais refinadas, constarem dos cardápios mais elaborados. Nem só da palavra vive o homem. O peso histórico da Igreja (neste caso, a Católica) derruba a possibilidade de existência de sentido de humor nos outros. Ouvi alguém referir-se a semelhanças com as caricaturas de Maomé. Parece que não gostaram muito da utilização das formas ritualistas. Que tiveram quanto a nós um mérito (que alguns deles defendem); não foram ditas em latim. Se o tivessem feito uma grande maioria não perceberia o humor dito, mas entenderia o subentendido do humor. Que diabo, andãrão os acólitos do catolicismo deprimidos? Aconselhariamos umas hóstias de bom senso. As vacas, por exemplo, são sagradas em alguns pontos do globo e, mesmo aí, andam demasiado magras por falta de hormonas de crescimento rápido. Ontem, por mero acaso, na Rádio Renascença, a transmissão quotidiana da missa pareceu-me que teria sido parcialmente oficiada por crianças ou adolescentes. O humor que não se pode fazer a partir de uma missa extrapola o que se possa dizer. Da vida brota humor e amor, caríssimos irmãos, embora só irmãos em Cristo. Sendo a vida de origem divina como se pode querer tirar sete vidas a quatro gatos que precisam de audiências como de pão para a boca. Estarão no direito de se sentirem ridicularizados pela utilização da simbologia católica, penso, contudo, que os visados serão outros. Dai a pretensa ofensa só tomar proporção quando os humoristas católicos apostólicos romanos tomaram esta posição. Parece que uma parte, não negligenciável, da Igreja Católica, concorda com a sentença de morte decretada ao autor das caricaturas de Maomé. Parte do catolicismo retrógrado abana a cabeça, a dizer que sim. Que é isso que eles pensam. Que deveriam ser ateadas as fogueiras da intolerância. As piadas que eles devem congeminar com fogueiras e gatos a arder.

 

24.Out.08

Uma ALDEIA que de forma olímpica comemora o aniversário

Os blogues acabaram por transportar para a vida cibernética o ritual natalício. A coisa pegou de estaca e não existe "blogger" que se preze (o prosas incluído) que ao finalizar mais um ano de tão árdua tarefa não coloque na data de aniversário o seu "post-it", no qual uns incluem borbulhantes garrafas de champanhes, outros, agonizantes, ao fim de mais um ano de horas e horas passadas em frente do écran, lá colocam o seu cólofon, sublinhando a árdua tarefa. Cada um celebra como sabe e pode. Normalmente a caixa de comentários associada ao blogue (quando ela existe) serve para que os amigos, alguns inimigos, conhecidos ou desconhecidos depositarem os habituais votos que acompanham o estranho ritual. Resolvi mudar um pouco a coisa e, de forma simbólica, enviar ao meu amigo Alexandre Campos e à sua Aldeia Olímpica,  a prenda conrrespondente  ao aniversário em causa e,  em vez dos lacónicos parabéns, segue a mesma embrulhada nestes "cromos" do Desporto de um outro tempo que, atente-se, até eram patrocinados por uma marca de cigarros. Ena, ena, como mudaram os tempos. 

 

Olimpicamente sacadas por aqui