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PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

25.Set.08

Sobre o pavor de morte que por ai paira sobre a perca de influência da imprensa escrita tradicional

Hoje nem sequer era dia para passar por aqui MAS, (um mas incredulo). Este MAS descoberto inicialmente AQUI e que me enviou para AQUI, deixou a descoberto o que certas personagens que povoam os corredores do parlamento europeu, na simples acepção de que somos todos uma corja de iliteratos funcionais, que parecem, digo, que me parecem (irei ileterar mais sobre o assunto nas próximas horas), ao serviço não da pluralidade mas de poderosos "lobbys" financeiros da comunicação social, para já só europeia, pretendendo assim engendrar mais um postulado sobre assertividade, ou seja como é que devemos trazer a gravata, o colar, a tatuagem, o piercing, a cor dos sapatos, a pasta de coiro, a mala de tiracolo, em que mão usar o relógio, um conjunto de regras através das quais os eurocratas ou a eurocracia possam controlar, a partir de um painel central, a liberdade que nos querem deixar ter. Não me move nada contra regras, embora por natureza vadio e em permanente estado de euforia iliterata, seja avesso a este tipo de manifestações por parte de quem não sabe, ou pretende não saber o que são ou o que é a blogoesfera, tendo por hábito procurar nela os piores exemplos para justificar os seus meios e controlo. Como políticos temem, ou tem aversão, a pluralidade de opinião. Somos iliteratos mas sabemos isso. Agradeço que Vosas (esta palavra vai assim para demonstrar junto do Paramento Erópeu o enorme grau de iliteracia funcional, que grassa entre muitos de nós) Excelências para além de se entreterem com a "blogoesfera", actividade lúdica, interessante, dediquem algum do vosso tempo a não deitar a criança (que é a Europa, para que fique bem explicado) fora, juntamente com a àgua do banho, como referia  Guilherme d' Oliveira Martins, (Visão nº 811 de 18 de Setembro de 2088, página 30) na sua coluna habitual "Radar Ensaio". No caso dediquem-se  salvar a ideia de Europa (se quiserem, claro) e deixem de fazer estrebuchar a liberdade com demasiadas e estalinistas fórmulas de controlo. Sejam estas quais forem. Aliás tenho imensa pena que os poderosos donos da comunicação social portuguesa utilizem programas, como os que correm numa televisão perto de nós (pluralistas e populares, como lhes chamam, embora nivelem por baixo a cultura média, fornecendo maioritáriamente "conteúdos de entretenimento ligeiros", mesmo que com eles digam pretender quebrar tabus (sejam estes sociais ou sexuais) e venha agora o parlamento europeu falar em liberdade para fazerem valer os direitos aparentemente (só e ainda aparentemente) consuetudinários destes senhores. Manifestam-se algumas considerações sobre a concorrência desleal por parte da "blogoesfera", penso que se esta referência se reporta aos blogues a dimensão do disparate é enorme. No meu caso, e no de muitos, a recusa em ter anúncios ou publicidade ou qualquer coisa semelhante, por aqui é uma forma de estarmos a salvaguardar a existência de outros meios que o façam.  Sabemos que se pode ganhar dinheiro com esta actividade. Sabemos. Mas muitos de nós não tem um blogue para ganhar seja o que for. Por isso deixem a liberdade de assim ter um blogue na rede em sossego. Reparem, ninguém é obrigado a ler as minhas palermices pessoais. Reparo que no fim, deste pessoal arrazoado de palavras, que não estive a produzir informação, mas a ecoar a minha opinião sobre determinado assunto. Dai pensar que devo livre da difamação de estar fazer concorrência desleal a qualquer orgão de informação livre, democrático e pluralista. Se não gostam, calem-me. Mas até lá, leiam as muitas vozes, as vozes dessa Europa que vos não interessa e atentem, antes de falar sobre o que desconhecem parcialmente, porque impossível de abarcar a sua totalidade, sobre a defesa da liberdade de imprensa. Situação que, minhas senhoras e meus senhores que ocorreu em Portugal quer durante o século XIX e as denominadas "leis da rolha" que iam sendo produzidas pelos diferentes ministérios e combatidas ásperamente por muitos jornalistas da época  quer com a famigerada Censura prévia aquando do Estado Novo, contornada sábiamente por muitos jornais e jornalistas durante a ditadura. Embora, mais subliminar, continua a existir hoje, embora me pareça que a média de jornalistas e jornais daquele calibre tenham diminuido, mas a culpa não é dos blogues, meus caros. É dos governos que Nossas Excelências vamos elegendo e dos Parlamentos Europeus que vamos erigindo. Alías a nossa iliteracia até consegue compreender a vossa. Façam, por isso, um esforço ainda maior para disfarçar melhor as vossas intenções. É que muitos de nós já as conseguimos compreender demasiado bem.