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PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

29.Set.08

Os janotas de Peniche.

Foto

 

Um dia chorei no interior do Forte de Peniche. Deixei-me estar durante muito tempo em silêncio, numa pessoal homenagem, talvez demasiado singela, a todos os que ali estiveram contra a sua própria vontade. Hoje questiono igualmente qual será o destino do campo de concentração do Tarrafal. Conhecia de antemão o projecto para o qual hoje Joana Lopes chamou a  atenção e sobre o qual Irene Pimentel lavrou de sua justiça perante a injustiça. Projecto, que não é novo, mas que vem à liça de tempos a tempos, como que tentando medir o pulso à permanência entre nós dos que discordam com a transformação do Forte de Peniche, em Pousada. Um local com um elevado valor simbólico nas recentes memórias políticas portuguesas. Nem sei se me choca tal projecto actualmente, choca-me sim a permanência da ideia de fazer do local um empreendimento onde não se perpetua essa memória, esperando que o tempo a faça desaparecer. Mas tal como monárquicos arreigados à sua ideia, sou republicano arreigado à minha República. E pergunto-me que republicanos serão estes que pretendem fazer desaparecer algo que lhes parece perturbar a vida, e, que, deste modo, procuram ameniza-la. Não se trata já de perdoar, se os esbirros nunca foram julgados, ou se julgados, deixaram-nos ir em nome da Santa Liberdade, mãe que eles nunca respeitaram. Trata-se de erguer de forma construtiva algo que perpetue os que sofreram por defender ideais com os quais muitos de nós até nem concordam, discordam, mas que foram empreendidos com firmeza, abnegação e altruísmo por aqueles homens e não como turismo. Devemos-lhe isso. Por muitos "Gulags" que se tenham erguido, nos entretantos, merecem o nosso respeito. Todos, fossem comunistas ou não, sejam eles, os que ainda sobrevivem comunistas ou não. Não é isso que interessa, importa é não esquecer. Novos tempos, novos rumos, dir-me-ão, hoje. Talvez para muitos dos que nunca foram levados para o Forte de Peniche e para muitos que não concordaram, nem concordam com as ideias dos muitos que para ali foram levados, prisioneiros, por defenderem outros ideais. Há tempos Fernando Dacosta, escrevia que teria sido com a conivência de Oliveira Salazar, que alguns dos presos teriam fugido do forte Prisão Política de Peniche. Seja. Nunca vi tal tese desmentida pelos correligionários dos prisioneiros. Nunca li, não quero dizer que não existam. Anotei, ambas. Reparei igualmente, nas poucas vezes que fui a Peniche, que nas Berlengas, existe o Forte ou Fortaleza de S. João Baptista, a tal Pousada de Portugal que a edilidade de Peniche tanto deseja. Embora considerada zona protegida e de acesso controlado torna-lo Pousada de Portugal permitia a continuidade da política de conservação da pequena ilha e do próprio forte. Saibamos antes em Peniche, preservar noutros moldes a fortaleza histórica e recente prisão política. Nem todos sabem preservar memórias, alguns fazem-no pelo lado folclórico, porque foram as únicas que herdaram de um passado, não muito distante onde os exemplos conhecidos, dos poderes autárquicos e nacional, observe-se atentamente Sagres, salvaguardando as honrosas excepções, cujo exemplo de Mértola me parece ser de realçar, não denotam muita facilidade em saber construi-las. Mais facilidade me parecem ter em falar num futuro que imaginam liofilizado e expurgado de tudo o que diga respeito a actos de cidadania. Ao exercício da cidadania. Expurgando as ideias pretendem construir um país de Pousadas, essa genial ideia de António Ferro, mas o propósito da actual edilidade de Peniche, de pretender faze-lo num local que foi uma prisão política retira idoneidade a essa pretensão e mancha, hoje, a memória dos que nela permaneceram presos por motivos de perseguição política. Já agora, se a ideia passar, de projecto a concreto, não se esqueçam de lá mandar colocar o galinho de Barcelos, para enfeitar tão janota e catita idiotice. Já que não sabem mais. Como se pode ler aqui as referências actuais expurgam a sua utilização enquanto prisão política durante o Estado Novo. Como tal essa utilização nunca aconteceu em Peniche. Basta ler atentamente.

Alguns dias depois...descobri isto...a propósito de Peniche.

25.Set.08

Sobre o pavor de morte que por ai paira sobre a perca de influência da imprensa escrita tradicional

Hoje nem sequer era dia para passar por aqui MAS, (um mas incredulo). Este MAS descoberto inicialmente AQUI e que me enviou para AQUI, deixou a descoberto o que certas personagens que povoam os corredores do parlamento europeu, na simples acepção de que somos todos uma corja de iliteratos funcionais, que parecem, digo, que me parecem (irei ileterar mais sobre o assunto nas próximas horas), ao serviço não da pluralidade mas de poderosos "lobbys" financeiros da comunicação social, para já só europeia, pretendendo assim engendrar mais um postulado sobre assertividade, ou seja como é que devemos trazer a gravata, o colar, a tatuagem, o piercing, a cor dos sapatos, a pasta de coiro, a mala de tiracolo, em que mão usar o relógio, um conjunto de regras através das quais os eurocratas ou a eurocracia possam controlar, a partir de um painel central, a liberdade que nos querem deixar ter. Não me move nada contra regras, embora por natureza vadio e em permanente estado de euforia iliterata, seja avesso a este tipo de manifestações por parte de quem não sabe, ou pretende não saber o que são ou o que é a blogoesfera, tendo por hábito procurar nela os piores exemplos para justificar os seus meios e controlo. Como políticos temem, ou tem aversão, a pluralidade de opinião. Somos iliteratos mas sabemos isso. Agradeço que Vosas (esta palavra vai assim para demonstrar junto do Paramento Erópeu o enorme grau de iliteracia funcional, que grassa entre muitos de nós) Excelências para além de se entreterem com a "blogoesfera", actividade lúdica, interessante, dediquem algum do vosso tempo a não deitar a criança (que é a Europa, para que fique bem explicado) fora, juntamente com a àgua do banho, como referia  Guilherme d' Oliveira Martins, (Visão nº 811 de 18 de Setembro de 2088, página 30) na sua coluna habitual "Radar Ensaio". No caso dediquem-se  salvar a ideia de Europa (se quiserem, claro) e deixem de fazer estrebuchar a liberdade com demasiadas e estalinistas fórmulas de controlo. Sejam estas quais forem. Aliás tenho imensa pena que os poderosos donos da comunicação social portuguesa utilizem programas, como os que correm numa televisão perto de nós (pluralistas e populares, como lhes chamam, embora nivelem por baixo a cultura média, fornecendo maioritáriamente "conteúdos de entretenimento ligeiros", mesmo que com eles digam pretender quebrar tabus (sejam estes sociais ou sexuais) e venha agora o parlamento europeu falar em liberdade para fazerem valer os direitos aparentemente (só e ainda aparentemente) consuetudinários destes senhores. Manifestam-se algumas considerações sobre a concorrência desleal por parte da "blogoesfera", penso que se esta referência se reporta aos blogues a dimensão do disparate é enorme. No meu caso, e no de muitos, a recusa em ter anúncios ou publicidade ou qualquer coisa semelhante, por aqui é uma forma de estarmos a salvaguardar a existência de outros meios que o façam.  Sabemos que se pode ganhar dinheiro com esta actividade. Sabemos. Mas muitos de nós não tem um blogue para ganhar seja o que for. Por isso deixem a liberdade de assim ter um blogue na rede em sossego. Reparem, ninguém é obrigado a ler as minhas palermices pessoais. Reparo que no fim, deste pessoal arrazoado de palavras, que não estive a produzir informação, mas a ecoar a minha opinião sobre determinado assunto. Dai pensar que devo livre da difamação de estar fazer concorrência desleal a qualquer orgão de informação livre, democrático e pluralista. Se não gostam, calem-me. Mas até lá, leiam as muitas vozes, as vozes dessa Europa que vos não interessa e atentem, antes de falar sobre o que desconhecem parcialmente, porque impossível de abarcar a sua totalidade, sobre a defesa da liberdade de imprensa. Situação que, minhas senhoras e meus senhores que ocorreu em Portugal quer durante o século XIX e as denominadas "leis da rolha" que iam sendo produzidas pelos diferentes ministérios e combatidas ásperamente por muitos jornalistas da época  quer com a famigerada Censura prévia aquando do Estado Novo, contornada sábiamente por muitos jornais e jornalistas durante a ditadura. Embora, mais subliminar, continua a existir hoje, embora me pareça que a média de jornalistas e jornais daquele calibre tenham diminuido, mas a culpa não é dos blogues, meus caros. É dos governos que Nossas Excelências vamos elegendo e dos Parlamentos Europeus que vamos erigindo. Alías a nossa iliteracia até consegue compreender a vossa. Façam, por isso, um esforço ainda maior para disfarçar melhor as vossas intenções. É que muitos de nós já as conseguimos compreender demasiado bem.

24.Set.08

Jardins do Mongego (x)

Grão Vasco. Sacristia da Igreja de Santa Cruz de Coimbra. 1534-1535.

Cheguei à cidade por volta do ano de 1972. Não sou por isso coimbrinha, como se pode deduzir, nem de perto, nem de longe. Sou mero amador da cidade, onde realmente acabei por crescer e acabei, de certo modo por me sedentarizar, se assim posso dizer. Conheço becos, travessas, ruas (pelo nome), largos e afins, tudo de cor e salteado. Desde a Alta à Baixa, aos confins do Tovim, do Norton de Matos à Pedrulha, do Pinhal de Marrocos a Santa Apolónia. De Norte ao Sul, de Oeste a Este. Para ser preciso. Conheço-lhe parte da história,a que vem nos manuais e as outras que ainda não vem nos manuais e aquelas que nunca virão. Muitas outras. Palmilhei seca e meca por esta cidade fora. Hoje, nem tanto. Estou de costas voltadas para uma cidade que cresceu sem eira sem beira, pois a velha dama rendeu-se à inevitabilidade das velhas damas em querer ser aquilo que não é. Preferiria mil vezes que ela fosse o que é. Cidade arreigada ao passado, que não o aviltasse, às  suas memórias, que as não destrui-se. Cidade em que o futuro não cave a cada passo a solução mais vistosa, aparentemente mais faustosa, riscada pelas heresias de um presente cada vez mais patético. Tudo isto nem sequer vem a propósito das recentes inundações na baixa coimbrã. Tudo isto  tem o propósito de revelar os contadores de histórias sobre a nossa cidade, daqueles que a amam de um modo infinito e que ninguém parece gostar, sequer de ouvir ou ler. É a essa cidade povoada de memórias, construídas em torno de cada recanto, de cada rua ou beco, que ajudam a afrontar esse futuro no qual as querem encerrar ou sepultar. A cada pedra tirada do seu sítio, a cada casa demolida, a cada modernismo implantado, a cada àrvore derrubada e não substituída, a cada grade de ferro forjada trocada pelo aço polido, a cada decisão irreversível  e mal tomada, tudo seja deitado abaixo e reposto com clarividência. Apenas desejamos o desaparecimento para esses poetas do progresso ultrajante que desenham a cidade em que habitamos.

 

(X) O titulo só os coimbrinhas entendem, servindo para demonstrar bem esse futurismo e esses poetas sobre os quais escrevo. 

23.Set.08

Sorteio de duas televisões (do século passado) a quem oferecer mais

                   Denis Lopatin

 

Vender algo semelhante ou parecido com a nossa integridade enquanto seres humanos a troco de uns cobres é um acto que me parece inqualificável, senão inexplicável. Mas este preconceito pessoal deve ter que ver com algo do foro patológico. Nem a actual crise económica me parece conseguir explicar, talvez nem desculpar, esta apetência que invade alguns semelhantes, ou talvez não, a venderem a própria mãe, ou a vender-se a si mesmos mais à sua pobreza de espírito como produto para consumo televisivo. Penso que os governos, a braços com as mui tímidas tentativas de controlar os desvarios do sistema capitalista, deviam igualmente observar os programas que os tubarões do audiovisual emitem através das licenças que lhes foram concedidas para criarem, difundirem e emitirem conteúdos televisivos. A liberdade não é para aqui chamada quando o que está em causa é a transformação em acontecimento televisisivo dessa tentativa de imbecilizar uma sociedade inteira. Alguns destes programas são terrorismo puro e duro e dirigidos por terroristas sociais. Sendo o panorama televisivo português constituído maioritariamente por programas que ultrapassam a pobreza confrangedora, no capítulo dos conteúdos, onde a procura e conquista de clientela entre os intervenientes no mercado do audiovisual colocado ao nível da bestialização, a televisão portuguesa parece-se hoje com os sanitários públicos de um hipermercado, em hora de ponta. Propus-me a desligar a televisão todos os dias e não apenas num determinado dia. Não, a partir de hoje, é mesmo todos os dias. Sejam programas fedorentos, ou da dita dona Teresa Guilherme, essa gurua da estupidez televisiva, entre muitos outros. Vou desligar a televisão e mandar os donos dos canais televisivos para o raio que os parta mais a merda de programas que emitem (hoje deu-me para isto, embora o dicionário do Sapo desconheça o termo, nada a fazer). Continuarei a pagar a famigerada taxa de áudio visual com cara de parvo, apesar das televisões ficarem mudas. Ponham-nos a pão e água e depois verão. Por falar em Verão, já estamos no Outono e as andorinhas ainda não partiram.

22.Set.08

A chegada do Outono

Um dia Carlos de Oliveira escreveu assim:

 

"Para ti , meu amor, é cada sonho

de todas as palavras que escrever,

cada imagem de luz e de futuro,

cada dia dos dias que viver.

Os abismos das coisas quem os nega,

se em nós abertos inda persistem?

Quantas vezes os versos que te dou

na água dos teus olhos é que existem!

Quantas vezes chorando te alcancei

e em lágrimas de sombra nos perdemos!

As mesmas que contigo regressei

ao ritmo da vida que escolhemos!

Mais humana da terra dos caminhos

e mais certa, dos erros cometidos,

foste de novo, e sempre, a mão da esperança

nos meus versos errantes e perdidos.

Transpondo os versos vieste à minha vida

e um rio abriu-se onde era areia e dor.

Porque chegas-te à hora prometida

aqui te deixo tudo, meu amor|"

 

A vida deste blogue irá partir com as andorinhas. Como se fosse um ponto final.

Chegou a hora de partir. Partimos com as andorinhas. Embora já nem as andorinhas tenham pressa de partir.

Andorinha onde estavas tú?

18.Set.08

Ler não é obrigatório

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17.Set.08

do caciquismo a-histórico

Escultura: Soares dos Reis 

Embora tudo seja possível, mesmo que as alegações da bi-comemoração se encostem à tese de Armando de Almeida Fernandes, mesmo que José Mattoso, Adriano Vasco Rodrigues, Bernardo Vasconcelos e Sousa ou Henrique Barrilaro Ruas, atestem a possibilidade dos argumentos apresentados serem plausíveis nada a justifica para já. A tese que o medievalista português, discreto e pouco dado a mundanidades, desenvolveu em "Viseu, Agosto de 1109. Nasce Afonso Henriques", nas páginas da revista "Beira Alta", em 1990, e que mereceu posteriormente honras de edição patrocinada pelo Governo Civil de Viseu, em 1993 e republicada em 2007, com o apoio da Fundação Mariana Seixas e das Edições Sacre, e que se encontra actualmente esgotada, veio trazer novas leituras à discussão da aparentemente insanável questão. O que prentendo reflectir aqui é sobre essa necessidade do poder político (local ou nacional) em chamar a si o foco mediático da comemoração. Desta ou de outra qualquer. A História serviu, continua a servir, para nobilitar, pressuposto que lhe carreia prestigio, embora seja facto que ajuda a sua corrente utilização pelo poder político enquanto fórmula de propaganda, sobretudo quando se presta a servir designios momentâneos, que importa sobrelevar. Mesmo que tais interesses estejam rodeados de pressupostos cientifícos aceitáveis, não será este aproveitamento útil para clarear a discussão em torno da questão: onde teria nascido Afonso Henriques? Entre Guimarães, Coimbra e Viseu, discute-se. Do Estado Novo, partiu, com grande fulgor, a ideia de berço e Guimarães, enquanto local de nascimento dessa ideia de nacionalidade e não berço de Afonso Henriques. Aceite-se ou não as alegações historiográficas de Armando de Almeida Fernandes, compreendemos os interesses dos autarcas em colar-se a uma questão que não conhece ainda resposta totalmente satisfatória. Não afirmamos que tal não venha a conhecer, o que se afirma é que neste momento não foi ainda possivel. Dai que a dupla comemoração faça eco de algum folclore político. Aliás, como bem sabemos, todas as comemorações são, a seu modo, oportunistas, isto é, possuem causa ou causas, em grande parte, alheias ao motivo que se comemora. É, neste caso, como se refere, lançar mão de qualquer assunto que permita destaque, que se não conseguiria de outra forma. Daí que o possível mal advenha da possibilidade de confundir e brincar com a História junto de um público pouco interessado na questão erudita. O que aqui interessa discutir tem como base essa utilização, de forma pouco séria, das incertezas da História. Incertezas, com as quais os historiadores estão habituados a conviver, mas que confundem esse público, demasiado exposto à imediatez e superficialidade, pouco conhecedor e arreigado a conceitos históricos à muito ultrapassados. Seria, por exemplo, da mais elementar justiça, permitir aos arqueólogos trabalhar sobre os restos mortais de Afonso Henriques, mas tal assunto parece pertencer ao reino da suspeitabilidade. Embora esta questão, possa parecer lateral ao assunto em questão, mas cuja importância, noutro contexto, não a seja menor. A verdade histórica pode, por vezes, ser incómoda. Tal como as suas incertezas. Neste caso seja em Viseu ou em Guimarães apenas reina a ainda incerteza histórica sobre o provável local de nascimento de Afonso Henriques. Questão que pode ser eterna ou não, embora coexistam teses, umas mais verosímeis que outras. Daí não ser incorrecto comemorar-se o facto de Afonso Henriques ter nascido aqui ou ali. Mas o que se pergunta é sobre o que irá ser comemorado neste caso especifico? O mais certo é ser essa incerteza. Pois, se é disso que se trata. No fundo a incerteza provoca a exploração dessa possibilidade, a dupla comemoração, por isso esta sofre de falta de lógica, de consenso e até de utilidade. Comemore-se antes a incerteza sobre o assunto, embora corroborada por tese que contém algo de plausível e entretanto reconhecida entre os pares. A História não vive na incerteza, embora possua muito poucas certezas. Comemore-se, em locais diferentes, a sede de reconhecimento público do poder político local, a ascensão na hierarquia das cidades portuguesas, a utilização da incerteza histórica que revela o pouco respeito pelo trabalho da história e dos historiadores, embora se queira fazer parecer o contrário. Assim, está bem. É que nenhum historiador, mesmo entre os citados, pediu a quem quer que fosse para comemorar o que quer que fosse, onde querem que seja.

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