Suplício de tempos modernos
Ficar sem carro por avaria mecânica é o horror dos tempos modernos. Quem nunca passou por tal levante o dedo. Digam o que disserem os ecologistas, os defensores da bicicleta, como meio de locomoção, os governantes. Diga o que disser seja lá quem for. O carro veio para ficar, a sua democratização é comparada hoje com a antiga posse de mera carroça e seu paciente burrico. Que o digam os revendedores de automóveis, que desta vez passaram marcas de bom senso com este mero ser humano e o seu veículo de transporte pessoal. A única marca de bom senso que conheço em automóveis chama-se Porsche. Ora como não é de um tal que se trata irão ter-me à perna nos próximos tempos. Estou farto destes senhores doutores de automóveis que não percebem nada de mecânica antes exímios em conversa, para vender automóveis e não em consideração pelo consumidor final. De contratos de letras miudinhas e cláusulas abusivas começamos a estar fartos. Livrai-vos da ira de cidadão anónimo cuja a propriedade é posta em causa, por vós. Livrai-vos porque começou ontem e vai até o fim. Para satisfação do cliente cumpridor e desgraça do vendedor que não quer cumprir a parte que lhe toca nas letras miudinhas. Nunca se metam com vadios. Estão devidamente avisados. Ontem até fui de táxi para casa, quem pagou? Quem foi? O concessionário vendedor. Para começar. Vem aí tempos difíceis para ambos. Para mim e para o concessionário. Quero lá saber dos jogos olímpicos. Apenas verei os paralímpicos, os únicos onde ninguém se droga para obter resultados. De certeza absoluta. Eu que nem sou muito dado a certezas. Tenho uma. A de que as drogas chinesas são milenares.