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PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

31.Ago.08

País de sheep's

 

Não me vou alongar mais sobre essa possibilidade do Dr. Cavaco vir a ser mais uma vez avô,  a quantidade de números de vezes em que se é avô é muito importante, nem sobre o futebol, nem sequer sobre a violência seja esta sobre os animais de duas ou mais patas. Não. O que venho propor é transformar a boa medida do governo actual em colocar "sheep's" nas nossas viaturas, num pais "sheep". Sim. Cada um de nós, à nascença, como passará a suceder aos cães e outras alimárias, as vacas, por exemplo, já os transportam nas orelhas, passemos a ser portadores da excrescência cibernética. Proponho até o seu alargamento aos pratos de arroz-doce, bacalhau à Braz, em nome e à luz das minhas preferências culinárias mais básicas. Assim poderia detectar quando cá em casa se confeccionam os referidos pratos e assim chegar mais cedo ou mais tarde consoante o detector me avisasse da sua existência. Que rico país de "sheep's". Ou seja, como é possível, em nome de uma qualquer proposta de paranóia securitária nos transformem o país num autentico curral de "sheep's". Parece que vai ser possível. Ainda bem. "Arroz doce" a oitenta graus norte e cinco graus sueste. Bora para lá?

28.Ago.08

Um Verão como todos os outros

 

A praia da infância e inicio da adolescência foi a pequeníssima (hoje, nesse tempo era enorme) praia da Parede, que podem descobrir AQUI. A praia da N. Srª da Conceição também. Ali, bem junto a Cascais, onde conquistei as minhas primeiras barbatanas, das que se utilizam nos pés para assim conseguir chegar mais fundo e mais longe no azul do mar,  serviam igualmente para mais facilmente evitar as dolorosas picadas do peixe-aranha, eram azuis, como o era então a baia de Cascais. Hoje já não sei se o é. Tenho as minhas dúvidas. Foi o meu sonho de menino conquistado à força de cedo me levantar e ir carregar e montar toldos e barracas, que depois se recolhiam ao fim do dia. Foi assim que ganhei as minhas primeiras barbatanas. Desde que me conheço que vivi perto do mar. Até que um dia aportei a Coimbra e ao  "basófias", mas não era  a mesma coisa. E não foi. Por motivos que não interessam a Figueira da Foz é hoje, não a minha praia, porque me recuso determinantemente a ir à praia, mas o meu local de vida quotidiana, de trabalho. Aprendi a Figueira ao longo dos últimos vinte anos como poucos "coimbrinhas". Apesar de serem estes que mais gostam dela, embora os autóctones pouco gostem deles. São assim os amores. Pouco ou nada retribuídos. Mas a declinar Agosto, mês por excelência da colónia balnear, recordo a única pérola deste Verão/Agosto figueirense. Como pérola que é está devidamente escondida. Nos fundos do Museu Municipal Santos Rocha. Ali está o Outro Verão. Não o verão que perpassa na nostalgia dos figueirenses. Mas o verdadeiro Verão da Figueira. Não  apenas o Verão de outrora. Mas essa outra Figueira, entretanto desaparecida. Não, essa já se foi e não volta. Nunca mais. Maria Teresa Machado, actual vereadora da cultura, refere que, e passo a citar, " não se pretende inflamar um sentimento saudosista dum passado patrimonial e social que, em parte, mercê do curso normal dos tempos, deixou de existir ou se desconfigurou". Se não soubesse, aplaudia. Mas não.  A desconfiguração não se deve ao curso normal dos tempos, porque o tempo não possui em si tempos normais ou anormais. São os homens que desenham os tempos. E esses pelos vistos não souberam ou não sabiam preservar. E o problema da Figueira da Foz é que não sabe preservar e divulgar. A instalação desta fabulosa exposição encontra-se escondida. Mas este é o Verão que os visitantes figueirenses deviam ir ver. Enxergar. Fica mais barato que entrar nesse mundo já fenecido visualizado no Portugal dos Pequeninos, onde me disseram que um adulto paga 9 euros para entrar. Pense-se nos inúmeros adultos que desejam mostrar às suas crianças esse Portugal  saído do imaginário de António Ferro e Oliveira Salazar. Imaginado, porque não existiu, o outro saímos tarde dele muito por culpa de Sua Excelência e a folha azul de vinte e cinco linhas. Soçobrou aos ventos da História. Mas ali nos fundos da Figueira podemos extasiar-nos com velhos postais e imagens que recriam a veraneante Figueira de outrora. Saciar os olhos e a vontade de conhecer o que desapareceu. Muitas daquelas memórias mereciam enxergar melhor a Claridade da praia que lhes deu vida. Mas enfim, estão lá para os poucos incautos que desejem descer aos fundos do Museu  Santos Rocha. Passar por lá, acredite-se, faz bem à alma.

27.Ago.08

Nem fria nem gelada, apenas morna.

 

 

 

 

 

O recente acordo entre a Polónia de Donald Tusk, reconhecido como de direita civilizada, como se tal fosse possível numa Polónia marcada pela influência do Vaticano  e os EUA , cuja finalidade implicou a instalação do sistema anti-missíl na Polónia, acordo que encontrou forte oposição entre a opinião pública polaca, surge, após a guerra-relâmpago na Geórgia e a unilateral declaração de independência de duas províncias da Geórgia (Ossétia do Sul e Abkházia), como plenamente justificado. A "mediática guerra" como muita da imprensa internacional apelida o recente conflito entre russos e georgianos, caiu como "sopa no mel" para os americanos e o seu muito particular projecto de instalação em território europeu da panóplia de armas antimísseis que possui. A Europa, de deriva em deriva, caminha de novo para a guerra. A exploração do medo entre os países saídos da antiga cortina de ferro em relação ao seu antigo senhor é apenas mais uma tentativa de marcar terreno por parte os russos. Falida a União Soviética, renasce a velha Rússia. Americanos e russos compreenderam depressa e bem algumas das questões que de forma sub-reptícia enformam esta Europa e alguns dos seus actuais dirigentes. Poder e expansão. E tais desejos nem uns nem outros (EUA e Rússia) podem, nem irão, permitir. As fronteiras europeias à muito que estão definidas territorialmente e culturalmente. Passar além delas é como que desafiar permanentemente os deuses da guerra. Estarão a Europa e os europeus à altura desse desafio, caso o seu vizinho russo, embora depauperado, recorra à intervenção militar para impor os seus pontos de vista e defender as suas áreas de influência tradicionais?

26.Ago.08

A outra China.

 

 

 

Depois deste "post" delicioso sobre a "cansominhas", eis que chega  da Argentina a "estória" da cadela "China". Nela se nota a ausência, cada vez mais notória, do humano entre aqueles que se apelidam enquanto tal. A "China" demonstra como é que alguns seres humanos jamais conseguirão ser animais, sendo por isso que muitos se assemelham a bestas. E besta não é animal. É humano com duas patas mas sem mais nada. Vazio. Oco. Com duas patas e na posição vertical. Na posição vertical, as patas, porque éticamente e moralmente arrasta-se ao nível do chão. Assim vai o mundo.

23.Ago.08

Carraças

 

 

 

 

Rui Bebiano mais uma vez teve direito à sua praga. Infestaçao já mui conhecida, que gostava que ao Rui apenas fosse permitido escrever sobre Praga o que lhes convém. Embora o Rui apenas escreva como bem sabe e todos desejamos que ele escreva como bem lhe aprouver. Sobre esta e sobre todas as outras, que ele não faz excepções. O nojo destas pragas é que se transformam em carraças semelhantes em tudo ás carraças que em Praga calaram a Primavera. Uma praga do caraças, como dizia o meu avô, a propósito do míldio.

 

22.Ago.08

Acabaram as Olimpíadas

 

 

Foto Getty Images

Depois de muita tensão e polémica começa tudo a reconsiderar os efeitos da cabeça quente. Nelson Évora, ajudou. Ainda bem. Agora vou dormir, que a esta hora eu gosto é da caminha. Daqui a pouco é preciso levantar, cedinho, para praticar mais um dia de trabalho. Obrigado Évora por aplacares a ira aos deuses deste olimpo que se chama Portugal. És um Herói a juntar à plêiade de atletas de excepção. Só esses ganham medalhas de ouro.

19.Ago.08

Distinto

 

 

 

 

 

 

Há algum tempo dei por mim a tentar perceber porque anda por aí tanta gente a rematar o principio, o meio ou o fim de qualquer frase que lhes sai da boca com um chorilho de "de todo".

É "de todo" por tudo e por nada. 

Dei por mim a tentar entender o significado deste inicio, meio e remate de qulaquer dito, tão usual nos dias de hoje.

Disseram-me que começara por ser utilizado entre os pseudo aristocratas e figuras desse cabaret rasco representado entre a pseudo "sociedade" do faz de conta e que, agora, se havia disseminado entre o povinho. Hábitos que vem de cima. Distinguem. Percebi.

De todo.

Irra, que já é demais.

A foto foi sacada aqui. Neste local de prazeres estranhos.

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