A Terceira Noite dando o mote para a abertura dos Jogos Olímpicos, fez relembrar-me de um caso que, na época, chegou a causar algum repúdio na opinião pública portuguesa, depois de conhecido e acontecido. No Jamor, durante uma prova internacional de atletismo, o atletismo era então a menina dos olhos do desporto nacional, foram tapadas convenientemente algumas barracas, que iriam surgir aos olhos do mundo durante as provas de corta-mato a realizar e que, então, acomodavam (?) um grupo de...timorenses. Imaginam timorenses a viver(?) em barracas em Portugal? Então já sabem quando foi. É um pormenor. Existem muitos deste "bota pra baixo do tapete". O Jamor do ecran ficou assim lindo, ecológico e clean. O mundo ficou satisfeito com este Portugal. Se, no local, onde se vão realizar os Jogos Olímpicos de 2008, acontece o mesmo, constata-se que este comportamento se mantém. Primeiro, permite-se a existência destes locais, onde convivem os deserdados do sistema. As autoridades fecham os olhos, é a fase na qual fazem de compreensivas para com os deserdados, deixando que estes existam e benevolamente possam sobreviver. Coitados. O que é que se há-de fazer. Até serve para ter umas pessoas ocupadas a distribuir umas sopinhas, não é? Depois, quando é necessário, por qualquer motivo, compreenda-se, deita-se abaixo, esta fase é aquela em que sais a bem ou sais a mal, as autoridades são agora o ultimo elo da segurança dos outros cidadãos. E a algumas organizações de "ecologos", quando afirmam o que realça A Terceira Noite, devia ser feito o mesmo, coloca-los, de forma permanente, debaixo do tapete. Afasta-los da vista e do olfacto. São tão ecológicos que deviam ser monitorizados para não causarem poluição. Como diz, eles falam, falam, mas apenas e consoante determinam os interesses em determinado momento. Ora, algumas destas organizações de ecológicas pouco, ou quase nada, comportam para além da designação. Correia de transmissão, parece ser a designação que se deve utilizar. A generosidade e boa vontade de alguns membros esvai-se aquando do contacto directo com as cúpulas, ou nem isso. E, não estou a generalizar, apenas refiro a organização citada. E viva o Bairro do Aleixo. Imagine que os Jogos Olímpicos se realizavam no Porto!