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PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

26.Fev.08

Desterrem o Dom Dinis.

O assunto não é de hoje, é de ontem. O caos automobilístico gerado na colina conimbricense começa a tornar-se num mal estar verdadeiramente assombroso. A que as pessoas que lá  trabalham  e estudam não escapam. O silêncio em torno desta questão é desproporcionado face ao rácio de viaturas constantemente multadas. Rebocadas, etc., etc. e tal. Hábitos diários, o trabalho e as multas. Para além do velho rei, outros continuam impavidamente e serenamente a gerir os silêncios, numa zona  que não serve utentes, nem quem nela trabalha. Alguns até tem o seu problema resolvido e, não vale a pena estar a enumerar, quem frequenta a colina universitária coimbrã sabe muito bem de quem se trata. Se não sabe será de bom tom perguntar na Reitoria. Ainda não passou assim tanto tempo quando um representante da Universidade tinha assento obrigatório na vereação coimbrã. Embora esta inerência de cargo apenas os dispusesse a defender alguns interesses particulares que não os da sua Universidade. O mesmo se passa hoje, defendidos interesses corporativos, a restante população fica à mercê da boa vontade da polícia pública e da coriácea polícia particular da Câmara. Esta última criada não para resolver e ajudar mas para atafulhar dos devidos papelinhos tudo o que seja viatura. A contribuição autárquica para a resolução deste malfadado imbróglio resumiu-se à imposição de regras sem ter tido a sensibilidade e o necessário cuidado na procura de verdadeiras soluções. Cortou-se a direito. Um hábito demasiado habitual. Embora ninguém esteja aqui a defender a utilização do Pátio das Escolas como futuro estacionamento, coisa que, por já ter existido, era então fruto da acessibilidade do automóvel a uns quantos. Quando o seu uso se democratizou o seu fechou-se o Pátio, por prática inestética. Perfeitamente de acordo, quanto ao inestético. 

A saturação automobilística é hoje um facto, mas é facto já com as conhecidas barbas. Problema  que, por mais delicado que possa ser, já devia estar pensado e resolvido.

A não ser que a solução seja esta. Aquela a que os nossos olhos assistem e o nosso bolso paga. Se assim for optamos pela Portagem. Não, não defendemos uma portagem para entrar na colina da Sapiência. Não, o que alvitramos é que passemos a parquear em redor de Joaquim António de Aguiar. Do mal o menos, este sempre era liberal, o rei, dito fundador da Universidade, foi erguido de costas voltadas para a mesma. Mas se fosse só o rei...

26.Fev.08

Simone de Oliveira

Nunca, mas nunca e por nunca "au revoir" Simone. Mas "Au Revoir Simone" é nome de grupo musical que, para além de merecer alguma atenção, surgem aqui em jeito de homenagem a uma grande Senhora. Caso para dizer OBRIGADO SIMONE.

26.Fev.08

Infantilismo

Recente polémica entre o Comité Olímpico chinês e Steven Spilberg é o mais recente caso de infantilidade serôdia que a espécie humana atravessa. O "assédio" chinês à "nata" para abrilhantar os seus "Jogos" devia estar a ser analisado do ponto de vista da psicanálise. Veremos se eles conseguem imitar o estilo. Por outro, Spilberg precisa de meditar mais sobre a infância da civilização a que pertence. Ora a milenar civilização apodou de "infantil" a atitude do cineasta quando este se retira da organização cénica dos "Jogos" devido ao envolvimento da China no Darfur . Numa retaliação típica de criança,"ou me dás o teu brinquedo ou vou fazer queixinha à educadora". Neste caso a educadora é a opinião pública mundial que pouca, ou nenhuma, atenção prestou ao assunto. Outra, típica, atitude infantil. Não ligar absolutamente nenhuma. Enquanto o cineasta, em retaliação, deixou de criar ilusões para "Jogos" chineses, estes foram invadidos por um jogo de sombras. Ora os "Jogos" são apenas isso: ilusões infantis. Quem em perfeita consciência acredita, neste caso, num jogo de amadores? Só a imaturidade, saudável, das crianças. Será possível acreditar-se que Spilberg  embarcou num argumento cujo fim último será a proclamação da China como o único país com capacidade para enfrentar os americanos no tabuleiro do "Jogo dos Impérios", no decurso do século XXI? Embora pai de "E.T" não acreditamos. Dai que, por muito simpático que possa parecer o argumento de Spilberg, e, de facto, é, quem comandou a falta de comparência aos jogos chineses do cineasta americano foram os estrategas do verdadeiro jogo de bastidores que decorre nas margens dos ditos "Jogos Olímpicos". O Darfur e os jogos que nele se desenrolam mereciam um outro tipo de atletas e de atitudes. Do tipo "Citius, Altius, Fortius".