Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

30.Jan.08

Da cultura... na Coimbra de todos nós.

id="BLOGGER_PHOTO_ID_5161228085804073570" />
IX - Cultura, Turismo e Espaços Verdes
Reavaliação dos restaurantes de Coimbra – constituição do Júri

A estranha mistura que significado possui?

XVII - CULTURA
1. Oferta de Obra de Cécile Coutant.
2. Oferta de Obra de Maria de Lourdes Venâncio.
3. Oferta de Tela resultante do Atelier de Pintura da 1.ª Edição da “Rota das Artes”.
4. Festitradições de Povos do Mundo – Apoio.

E esta?

Finalmente o que é isto? Colocar em causa as infraestruturas ? O que se coloca em causa é a falta de um rumo diferente. Apenas. Estes exemplos podem parecer demagógicos, mas estão de acordo e na exacta medida da demagogia que se propala. Sentar e discutir sem pleonasmos seria importante.
30.Jan.08

um passo perdido




Definição ou tentativa de encontrar uma parametrização correcta a aplicar na diminuição de cursos no ensino dito superior, permite entender o rumo proposto a partir das altas esfera da governação e do autismo político do cortar a eito. Porque a ordem imposta à orquestra e aos diversos naipes de instrumentos soa precisamente a esse cortar a eito. As fórmulas de modernização "versus" racionalização que pretende terminar com cursos onde se registem níveis de empregabilidade baixos pode parecer, à opinião pública em geral, como algo que já devia ter sido colocado em prática há muito tempo. Pode parecer. Mas não é. Embora se aceite que muitos possam questionar para que serve por exemplo a filosofia neste Portugal. Que se quer racional e virado para o futuro, pronto para revoluções tecnológicas. Atrasadas como sempre. Se não existir ninguém que pense e questione esses caminhos. Dai que com o fim da filosofia o desconhecimento profundo da lei aumente, assim como a compreensão de fenómenos que estão para além do raciocínio comum, mas que existem e que precisam de ser reflectidos para além da empregabilidade ou não de um curso dito superior. A desconstrução do sistema de leitura e pensamento empobrece o país. Ao transformar, como se pretende o ensino superior - com raras excepções, somos sempre um país de raras e excelentes excepções - numa máquina de empregabilidade, as universidades são apenas o último elo de um sistema estupidificante. Não é essa a sua função, não devia ser essa a sua função. Mas somos ingénuos. Ela ai está. Compreendo o que se está a passar. Filhos do livro único, por ele influenciados, aqueles que nos governam. Acabe-se com a Filosofia. Não dá emprego, tem nível de empregabilidade zero. Num país de Sol e praias não se podia esperar outra coisa.

# Falei da Filosofia, como poderia ter escrito sobre grande parte dos cursos de áreas humanísticas. Penso que nem a História pode escapar a este processo, embora à primeira vista isso não seja aparente, aguarde-se, ou então previna-se.
28.Jan.08

Está combinado


O tabaco faz mal à saúde. E ponto final. E agora de que me queixo eu? Por exemplo da co-incineração. Que disfarçada entre rigorosas medidas de controlo ambiental e transparentes estudos de impacto ambiental são impostas como se o país paralise se não queimar os seus resíduos industriais perigosos nas centrais cimenteiras. Não iremos pagar mais pelas quotas de Co2 do protocolo de Kioto? Ainda aqui não há muito tempo, na região circundante, foram retirados cerca de 15 mil metros cúbicos de lamas dado que possuíam elevado teor de cianeto, coisa de somenos, quando estas ali estiveram durante anos a escorrer para os aquíferos (gosto desta expressão..aquíferos) subterrâneos ou então directamente para o Mondego, quem sabe. Mas agora, autoridades amigas deixaram que uma empresa, nossa amiga e, com o intuito de velar pela nossa saúde, tenha resolvido retirar dali aquele crime ambiental, silenciado durante anos. Um verdadeiro horror a céu aberto, o que ali estava. Ora as lamas foram exportadas, tratou-se de um negócio, por isso mesmo constam como exportação, não como lamas, mas como terra, meramente terra. País inteligente, à falta de melhor exportamos terra. Tendo saído pelo porto da Figueira da Foz, donde seguiram para um complexo holandês para ai serem inertizadas. Gosto muito desta palavra inertizar. O que se pode fazer com resíduos ou até com algumas consciências. Agradecemos o facto às autoridades nacionais responsáveis pelo nosso bem estar. Retiradas das antigas instalações da Fábrica de Carbonetos de Cálcio em Lares, (laborou entre 1966 e 1985) Figueira da Foz, porque ali será aberta a Central de Ciclo-Combinado. Realmente o interessante é a fórmula que a Empresa utilizou para adquirir o terreno e a zona em causa “Pertencia a um cliente da EDP que não pagou a conta e deu este local em pagamento”, tal como afirmou o sr. Presidente executivo. Depreende-se destas palavras que se algum de nós tiver em casa um daqueles cachuchos horríveis, com a bandeira do Brasil e de Portugal entrelaçadas, pode entrega-lo como forma de pagamento, caso não possua verba disponível no seu magro fim de mês para pagar as contas da electricidade. As lamas, (voltamos às lamas) esse horrível crime ambiental, foram retiradas, em silêncio, mas na conformidade das leis em vigor, como é facilmente comprovável, empresa altamente qualificada para a execução da sua retirada, certificada, essas coisas. E renderam boa maquia. A todos, os que se envolveram na sua remoção. Dai o silêncio. A ALMA do negócio, diz o provérbio. A obra mexia e mexe sem levar ondas, essas só são interessantes ali para os lados do Cabedelo, onde o mar como sabemos galga, galga e...nada. Nada é feito, claro. Quanto à protecção da orla marítima, bem de ver. Nada se pode fazer quanto às forças da natureza. É de bom tom nestes assuntos, passar despercebido. Ora o complexo, no qual estão em causa um milhar de postos de trabalho na região, postos de elevado nível técnico, que existem em zonas locais e adjacentes ao projecto, imaginamos. Dai a criação de postos de trabalho. De elevado interesse local. Não há que levantar questões, nem ondas, quanto a isso. Então?
Bem, como sabem, este complexo (outros existem) mas vamos a este, meus amigos, não vos digo nem vos conto sobre o assunto do impacto ambiental, que deve estar patente na Junta de freguesia local, quem quer saber, vai lá! Quanto ao que pode provocar na costa próxima e sul das instalações. Mas isso agora não interessa nada. O que é 3 a 4graus de aumento da temperatura da água. Nada. Uma ninharia. Sem impacto. Problema do Al Gore, que quis dar nas vistas. Esse malandreco, pensava que nós não tínhamos capacidade para entender a negociata em que está metido. Americano, deve-se sempre desconfiar dos americanos. Aliás isso será resolvido e estudado depois de se concretizar a sua implantação. Depois estudam-se esses assuntos. Não me venham agora com ninharias. O estudo será feito, tudo tem uma ordem hierárquica de procedimentos. Ou não? Claro. Sem hierarquias nada feito. Seriam um rebanho sem pastor. Olhem lá não se pode mudar essa questão dos impactes ambientais? Não! Ah, são directrizes europeias! Hum, então está bem. Façamos o estudo, mas sem levantar ondas. Utilizem uma linguagem apropriada para explicar o que se vai passar e empresas altamente técnicas para os estudos. A linguagem a utilizar deve ser científica e altamente técnica, como não pode deixar de ser nestes assuntos. E reúnam-se lá com essas entidades todas. Que eles gostam e ficam satisfeitos. O que nos interessa é minimizar o impacte visual da instalações. De forma a não dar nas vistas. Sempre podem dizer que foram tomados em consideração e que estão a ser tomadas em conta todas...olhem... todas as providências para arranjar acessos condignos às populações, que os clubes recreativos vão ter fardamentos novos, campos de relva sintética...essas coisas tão necessárias ao bem estar das populações locais. Está bem? Eles não andam em guerra por causa dos investimentos públicos com as freguesias a sul ? Acicatem as guerras, sempre se pode reduzir o impacto económico inerente a estas realizações. Ah vão construir outra central em em Lavos? Já podiam ter dito! Digam que o que nos interessa é o meio ambiente dos não-fumadores ser maculado através desse terrível odor a tabaco.

Bem vistas nós coisas concordamos, desviam-se as atenções e somos mais felizes sem o tabaco a infernizar-nos o ambiente ou a vida.
O que penso é que a vigilância da D.G.S. devia incidir igualmente nestes casos. E abster-se de apenas referir ou ler os relatórios emanados de empresas ou até universidades, que nestes casos e em economia, não são mais que prestadores de serviços. Porque estes serviços são pagos. Como não podia deixar de ser. E não está em causa a competência técnica dos mesmos. Ora se são pagos...
E repare-se que o que está em causa não é o desenvolvimento económico, nem a produção de energia, é a forma como se processam e se tratam destes assuntos.
Aviso: Não escrevi este comentário em ressaca tabágica, nem pouco mais ou menos.
25.Jan.08

Da cultura em geral e da cultura em Coimbra, em particular.



Não me vou hoje embora sem agradecer à Joana Lopes, a possibilidade de aceder a este excelente texto, que pode ser lido no blog Natureza Naturada.
Foto: Avenida João das Regras, Santa Clara, Coimbra, anos Cinquenta.
Esta e outras antigas (e belas) fotos de Coimbra e a história de algumas das transformações arquitectónicas e do património edificado destruído na cidade, podem ser encontradas à porta da Centelha.
25.Jan.08

Carta


Não te escondo nada.

A não ser... onde poderia eu ir esconder

a enorme sofreguidão

de ter ver sempre com um sorriso pendurado nos olhos.

Nem isso engano, de tão óbvio.

Deixo-o à solta na paisagem interior

que me habita, que sou.
24.Jan.08

...

AS PALAVRAS
São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.Inseguras navegam: barcos ou beijos, as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes, leves.Tecidas são de luz e são a noite. E mesmo pálidas verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem as recolhe, assim, cruéis, desfeitas, nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
22.Jan.08

uma vez ou outra move-se


A massa é uma produção, surge como
um produto da própria cultura liberal burguesa conforme Theodor Adorno enunciava. Esse complicado.
Um intrépido consumidor local de cultura não precisava de tanta justificação, mas fica registado. Agora com 130 à perna, meu caro, o melhor é voltar a ver mais do mesmo. Assim sempre são três horas durante as quais ninguém incomoda e sempre são três horas agarrado à cadeira.

Pág. 1/4