Tal qual caracol andamos com os tarecos de um lado para o outro. Vamos mesmo para outro lado. Uns quilómetros mais abaixo. Ficamos mais próximo do Sul. É caso para dizer até já. Talvez. Um dia não são dias, parece o dito popular. Parece não, é. Revele-se que cá em casa (a nossa casa espiritual, não a física) por hábito adquirido, da última para a nova se muda sempre em vésperas das festividades que se aproximam. Nenhum de nós sabe responder porquê. Que é assim, é. Nesta época apenas embrulhamos os presépios, o resto, as mudanças, fazem o favor a empresa, das ditas, de nos enxotarem os móveis daqui para fora. Agora vamos desenhar a vida entre outras quatro paredes. Estas já pareciam as mesmas à tempo demais. Assim ficamos com pouco tempo para embrulhar as hipocrisias anuais.