24.Nov.07
Chamam-lhe Dom

Peço desculpa por interromper as vossas lucubrações . Passei parte do meu dia de hoje a meditar e a dissecar a entrevista do cidadão português Januário Torgal Ferreira. Bem sei que podem afirmar que existem assuntos mais importantes. Provávelmente para vós. Para mim não. Confesso-me convictamente e activamente agnóstico. Mas não jacobino religioso. Ora Januário Torgal Ferreira durante a entrevista a Maria Flor Pedroso colocou-me ao lado de uma Igreja na qual me revejo enquanto cidadão não religioso. Dito isto, para quem ouviu a referida entrevista, penso ter expresso parte do gozo intelectual que me foi proporcionado durante os quase cinquenta minutos que durou a referida entrevista. Gosto de pessoas frontais, venham estas donde vierem. Gosto de pessoas com ideias estruturadas. Gosto de pessoas que fazem os outros pensar. Gostei da expressividade frontal de Dom Januário. Espero que os nossos queridos "outsiders" , como referia Joana Lopes, tenham a capacidade de reflectir sobre as palavras do Bispo português e jocosamente rirem-se de si mesmos e tomarem para si toda a presunção que lhes aprouver. Continuo ignorante. Céptico quanto à existência de Deus. Do Deus da Igreja de Roma. De todos os deuses que tentem impingir. Já me basta pretender entender Sören Kierkegaard.
Quanto a Januário Torgal Ferreira entendi o seu DOM.
Nota: Por impossibilidades técnicas é-me impossível colocar aqui a entrevista que pode no entanto ser escutada na página da RDP/Antena Um em áudio wma. Façam favor.