25.Out.07
Desfazendo equívocos (parte segunda)
Escrevi em post anterior que me encontrava comodamente sentado esperando pelo referendo interno sobre a "constituição europeia". Tentava explicar através da ausência de palavras a posição cómoda na qual me encontrava instalado, observando a/s forma/s como se vai desenrolando o novelo. Mas equivoquei-me. Agora fiquei a saber que essa posição/opinião é um equívoco. Realmente não sabia. Rui Ramos na sua crónica de ontem no Público, "Equívoco contra equívoco", página 45, chama a atenção para o meu, para o vosso equívoco ( sé é que partilhais a mesma opinião). Posição que segundo o historiador releva do facto de se pretender que unicamente seja levada à prática uma determinada promessa eleitoralista, feita em tempos. Pretensão que apresenta como a "única razão" para essa exigência. Pois bem, é isso mesmo. Embora se saiba que se possa cair nos erros habituais, que não deixou de correctamente enumerar: o "bom senso seria recrutado para fazer sentir ao país, de malga na mão à espera da concha de caldo do QREN, que não se pode dar ao luxo de um "não"."; a possibilidade de esse referendo servir para " realizar "o mítico referendo sobre a Europa" décadas depois de os nossos governos, em nome de todos terem assumido os compromissos mais graves"; e por último alguns pedem-no "com a esperança de que o ressentimento contra os "políticos" seja mais forte do que a consciência das fragilidades nacionais e encontre no referendo o escape que não tem tido nas legislativas", ou seja que defendem o referendo em "que o "não" ao tratado (seja pensado)como um não aos seus defensores (Sócrates, Menezes, etc.).". Ora, meu caro concidadão, provavelmente a sua leitura até está correcta. O que eu pretendia, quando digo que estava comodamente sentado á espera do referendo ao tratado/ constituição europeu é precisamente algo que não entra nas conjecturas que apresentou. Pura e simplesmente o que eu desejo é que os políticos portugueses aprendam de uma vez por todas a deixar de fazer promessas eleitoralistas. Ou seja que deixem de tomar os governados como meras figurinhas onde a retórica do "politiquês" actue como a campainha de Pavlov. Apenas isso. Essa é que seria uma verdadeira mudança. E o esforço de mudança deveria ir todo nesse sentido. Afinal de contas é a única de que precisamos. Colocar um ponto final no habitual regabofe (desculpe Miss Woddy/Allen!)dos políticos internos, em vésperas de eleições. Na questão do referendo teria sido preferível terem ficado calados. Ou então assumirem o que promoveram. É que ninguém lhes pediu nada.
A Foto foi recolhida aqui.
Após post:
Refeito após chamada de atenção ao português utilizado. Com toda a justiça apresento as minhas desculpas e o meu OBRIGADO ao caro João Tunes, pela correcção. Espero que desta esteja conforme. Um post dinâmico é muito mais interessante.