S.M.S
Ela lá sabe!

Maggie Taylor
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A nobre zona da Praia Figueirense, a dita do Relógio. Apenas este aqui não é visível, embora o primeiro relógio tenha sido de sol, porque de aristocrático uso, reparem nos solares mais a norte e vejam que alguns possuíam o seu exemplar. Este veio pôr cobro à polémica construção da Torre e ao habitual vandalismo, pois a não existência de porta no seu sopé terá transformado o monumento em local para vazadouro de públicas necessidades, colocando os autóctones críticos e visitantes embasbacados a olhar para o relógio de Sol, última das últimas descobertas do já então agitado século passado. A Torre foi dada como pronta em 1943. Que não sendo ainda do Relógio, era parente de uma certa estética Estado Novo (provável causa da polémica), pois o pagador da obra quis ver impressa na marginal figueirense, à época vulgo Avenida Oliveira Salazar, construída entre os anos de 1942 e 1945, a sua marca indelével. Embora a marginal fosse velho e antigo sonho figueirense, entremeado por polémicas de índole vária e variados projectos, para não destoar da actualidade. O original, porque primeiro, relógio virá a ser substituído por um outro, talvez o actual, mecânico, de fabrico helvético e oferecido à edilidade figueirense de então, para gáudio da cidade e da sua refinada clientela. E que, por sinal [ou falta dele], esteve uma série de anos parado. Talvez adivinhando o actual estado das coisas turísticas na bela Figueira da Foz.
Nota à margem: Carta Postal a circular em 1966. Edição IBEREX-Lisboa.