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PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

05.Jun.07

Por detrás da


</span>Lazarim.



É da procura, incessante, que a vida vale a pena. As máscaras são isso mesmo. Um código difuso que procura encobrir a mentira ou a verdade, das vidas. Prolixo em fazer acreditar, escondendo a realidade. Num mundo de mascarados andarilhos sobra a uma outra dimensão, a do rosto descoberto, severo, talvez inoportuno, mais sarcástico ainda, que aquele outro que a máscara possa, eventualmente, esconder. A reflexão pode parecer estranha, embora </span>AS MÁSCARAS que aqui evoco, a tenham despertado, talvez desconforme, mas não menos existencial adjectivo, porque nelas se aquilata a sua vitalidade na sobrevivência quotidiana. A necessidade eloquente do disfarce nos dias que correm. Ponto de partida e de chegada.
04.Jun.07

Preocupações comuns?





Dos Estados Unidos, chega uma primeira página eloquente. Por cá, depois da "geração automóvel", uma "geração bicicleta" no horizonte. Por lá, o preços dos combustíveis começa a fazer mossa. Por cá é Prego no Sapato, de longa data, mas ninguém parece muito preocupado! Na terra do Tio Sam, o assunto já é recorrente, na terra do tio Sebastião, querem-nos a andar de bicicleta! Não entendo a contrução de mais auto-estradas! Palavra, não entendo! Para andar de bicicleta? E de tanga, com a recente habilidade no I.A.! Já outros diziam..."cá vamos cantando e rindo"!

Ver The Gazzete, Colorado Springs, EUA.
01.Jun.07

Na vadiagem ou na sacanagem ?



A ida para o limbo "internético" do meu anterior blog, muito por culpa da minha pessoalíssima distracção informática, devido à pessoal incompatibilidade em lidar com as diferentes e "famosas" palavras-passe ou login (como se usa dizer e escrever) aconteceu. As tentativas para aceder de novo ao "Ubelogue", revelaram-se infrutíferas. A conta de acesso, misteriosamente, fora apagada pela minha pessoa, tal como os deuses do "Google" me informaram! Não entendi como. Googlou-se. Eles lá sabem. O "desgraçado" do blog anda, por ai, a pairar no vácuo!
Entretanto nasceu, de parto normal, com palavras -passe novas...enfim o calvário! Já possuo pouco espaço disponível nos neurónios para a decoração e afins...passei a escrever...de novo... tudo em papel, mais seguro me pareceu. Resolvida a contenda, a contragosto. Cá está!
Mas a história que me traz aqui hoje, releva de um outro e quase impossível de descrever, mas delicioso, pormenor: o nome deste blog versa "prosas vadias" onde se pretende um "blog" mais parecido com um tunante, sem ocupação evidente ou obrigatoriedade de falar só sobre determinados aspectos...apeteceu-me vadiar..por ai. Foi o que fiz...as prosas são vadias, ao sabor dos dias.
No entanto, por puro acaso, apercebi-me que o blog está diariamente a surgir nas pesquisas do "google" (português do Brasil), entre sites deveras pouco recomendáveis, ou seja, quando um brasileiro pesquisa por "vadias" vem cá parar. Nem mais! Ora cá está a enorme galhofa em que se transformaram os dias deste blog...que mais vadio... não podia ser. O corropio tem sido enorme, "todo o mundo" anda em busca de vadias com mais de quarenta, só vadias, meias vadias ou vadias inteiras, é um enorme corropio de de vadias na vadiagem! Nunca de "prosas" essas pouco interesse devem despertar!
Estou a pensar, seriamente, em propor, na próxima ronda de negociações do, inefável, acordo ortográfico da C.P.L.P., que a mais velha profissão do mundo passe a ter um nome comum aos dois "paíìzes irmãus" - "prosasvadias"!

01.Jun.07

A Figueira da Foz e o Mar. (Cólofon)



Pequeno excerto da possível "apresentação" inserta na proposta de trabalho para o mestrado, sobre o turismo figueirense, que estou a tentar realizar.
A modos que, como indicado no título, numa espécie de cólofon, nunca e em nada comparável ao difícil e penoso trabalho realizado pelos monges-copistas medievais, onde estes deixavam registados, para a posteridade, o quão árduo havia sido o trabalho. Neles exaravam desde os mais modestos aos mais extraordinários pedidos que povoavam as mentes desses extraordinários homens medievais.
Sensação, no entanto, muito aproximada, após percorrido o longo caminho da investigação, muita das vezes solitária e morosa, quando o labor da escrita começa a definir contornos de caminho.



"A difusão das práticas da vilegiatura, ao longo do século XIX e princípios do século XX, induziu o aparecimento de uma nova tipologia urbana, nas costas marítimas: a estância balnear. Esse movimento social e cultural em direcção ao mar, aos terrenos banhados por águas carregadas de iodo e sal, surge do encontro de dois "novos" comportamentos , o do indivíduo face ao mar, magistralmente descrito pelo historiador francês Alain Corbin(1), e o subsequente despertar de um "novo" tempo, o "tempo para o corpo", que André Rauch(2), descobre entre a amálgama das práticas ociosas, que se conjuga na vilegiatura genéricamente e, em particular, na prática dos banhos de mar e na vida quotidina das estâncias de veraneio, durante a época balnear.
Duas novas atitudes do homem face ao mar e ao corpo, que acabariam por desencandear, dois séculos após terem surgido entre a aristocracia europeia e cuja difusão, de forma capilar, entre os estratos sociais imediatamente inferiores, se procedeu de forma lenta, a massificação do turismo, em finais do século XX.
O denominado "turismo de massas", designado por Marc Boyer(3), como uma construção da história, é um fenómeno contemporâneo, sucessor das práticas elitistas vislumbradas desde meados do século XVIII e do lento processo de difusão entre as diferentes classes sociais, que eclode, com a pujança conhecida, após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Ambos os fenómenos, analisados e estudados no decurso do seminário "Turismo e Desenvolvimento" do Mestrado de História Social e Económica 2004/2006, orientado pelo Professor Doutor R. C., estão na origem deste trabalho de análise histórica, sobre o turismo na Figueira da Foz, entre as décadas de 1930 e 1950."



Pequena nota:


O incremento do turismo, em termos históricos, apesar dos seus aspectos económicos, insere-se nos campos da sociabilidade e das mentalidades, onde, no caso específico, se assiste à socialização da praia e do mar e das zonas envolventes. Representam, em si, o registo das alterações no campo do social, provocadas pela mudança das mentalidades, face ao mar e ao corpo. As "comunicações entre o indivíduo e o que o rodeia, os meios pelos quais recebe os modelos culturais"(4) acabaram por desencadear todo o processo de difusão e massificação do turismo, no seio da sociedade contemporânea.

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