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PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

26.Jun.07

PETARDO

A propósito de inaugurações recentes, uma das conclusões a que se chega é que estas em Portugal, não se fazem sem um bom foguetório. É de tradição. Seja em inauguração de auto-estrada, de feira gastronómica, de botequim, de farda nova para banda filarmónica, de fontanário, ou antes ou depois, sem petardo é que não. Lá aconteceu na inauguração da COLECÇÃO que também meteu PETARDO. Embora o museu seja de arte moderna, não fugiu à tradição.
26.Jun.07

Gafanhotos verdes

A propósito do referendo sobre uma inexistente (ou moribunda , como vos aprouver) Constituição Europeia,
um €deputado europeu, de sua graça Sérgio Sousa Pinto, numa entrevista ao jornalista João Pedro Henriques, do Diário de Notícias, na segunda-feira passada, afirmava o seguinte: " Não lhe reconheço nenhum gano político e só é sintoma da crise do sistema parlamentar. A verdade é que os parlamentos são indispensáveis ao funcionamento da democracia e os referendos não. É o parlamento que define a democracia, não é o referendo. O referendo só é um instrumento legítimo e adequado para questões menores."
Concordo senhor Sérgio, as questões menores em democracia, prendem-se com os referendos e com essa eterna chatice que são as campanhas eleitorais (como actualmente se comprova em Lisboa) durante as quais os partidos mostram as mais enervantes fragilidades quer no discurso quer nas personalidades que os enformam.
Compreendo que, para Vossas Excelentíssimas, esse seja o maior pecadilho do democracia, o enorme frete a que se tem que prestar durante esses períodos em que mais parecem "alien's" que gente de "carne e osso". Mas é assim, infelizmente temos que dar o corpinho ao manifesto, porque isso de ser político profissional, traz alguns dissabores e muitos gafanhotos no discurso. Foi o caso do seu, meu caro eurodeputado. Tem o direito de considerar o referendo um assunto menor em democracia, sem dúvida alguma. Mas já agora diga-me o que entende por democracia?