Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

14.Jun.07

Folhas soltas para ensaio de uma orquestra desafinada






"Não gosto de me vitimizar como mulher, mas nos últimos dias, volta e meia, naquilo que eu tenho lido, vejo claramente uma forma de me atacar que não aconteceria se eu fosse um homem."

Provavelmente só Lacan o consegue explicar. Dado que Freud apostaria numa outra solução. Já o mestre Fellini explica melhor o problema recorrendo à imagem.

Quando uma mulher, no século XXI, se serve desta tipologia de argumentação, a questão ultrapassa o foro da cidadania e passa para o foro da/s patologia/s.

Mulheres vitimas de violência doméstica quotidiana e continuada deviam, essas sim, ter uma palavra a dizer sobre este tipo de patologia social, o machismo, que no fundo não passa de uma negação do masculino, não passa de uma sujeição continuada à necessidade de imposição do falo. O contrário assume a mesma dimensão.

Quando o cogitativo envereda, ainda, pela mera constatação de que o caminho mais curto para atingir o poder, no dizer de algumas mulheres, é ser-se homem, quando as mesmas utilizam a ostentação e prática do poder tentando ocultar o que se não possui ou se não é. Conceitos a caminho do anacronismo. A feminilidade quando no poder não deve rebuscar conceitos passadistas quando esse poder é posto ou está em causa, deve entende-lo como uma mera questão de poder e não de sexo.