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PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

28.Out.07

Snobismo e outras palvras terminadas em ismos


Pelos vistos existe na blogoesfera quem manifesta a opinião de que um blog sem comentários é como um dejecto da blogoesfera. Atributos como covardia surgem associados ao facto. Ou o mais puro snobismo. Já li de tudo. Estão no seu direito.O respeito pelo outro começa precisamente no aceitar a pluralidade. Há quem não goste de sushi. Por acaso não gosto de sushi. Mas não me chateia nada ver pessoas a comer sushi. Por ser fumador, não vou chatear quem não fuma. Já que quem não o faz chateia-me de forma sectária. Mas vamos ao que interessa.
Uma coisa é um blog escondido no anonimato. O meu tem nome e eu por mero acaso possuo B.I. e caixa de email com nome próprio. A diferença está ai. Enorme. Um blogue com comentários e anónimo é como uma retrete. Puxa-se o autoclismo e sai um monte de comentários. De todo os géneros e feitios. Já agora. Embora me seja absolutamente indiferente se existem ou não. Existem. Basta-me que existam. Tal como ter opiniões, escrever num blogue, não colocar moedas no parquímetro e fugir à policia dos bons costumes, são alguns dos actos que pratico em nome individual, os comentários esses dispenso-os. Já sei quais são. Coloco comentários noutros blogs? Coloco. O autor tem sempre a possibilidade de os não publicar. Como neles apenas coloco opinião, assino com o meu nome próprio. O autor fica a saber quem sou. O remédio para comentários anónimos, esses sim covardes, levou-me a descartar a possibilidade de eles aqui existirem. Dava-me um certo gozo o tempo que necessitava para os apagar/publicar consoante. Uns gozavam de pobreza de escrita, outros cheiravam a prosas pouco vadias, outros género "engate" baratucho tipo à procura da alma gémea. Havia de tudo. Desde gente com nome a gente sem nome. Ora gente sem nome não existe. Nõa é gente. A liberdade do anónimo é a liberdade que não permito a ninguém. Quando pego na vida enfrento o touro pelos cornos. Olhos nos olhos. Dai que um dia os comentários podem voltar, tal, como na vida, tudo tem o seu tempo.