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PROSAS VADIAS

PROSAS VADIAS

18.Set.09

Um dia o telhado vem abaixo...

Comuns tem sido os comentários sobre o único e verdadeiro facto político recente: a entrada do humor na campanha eleitoral. Finalmente. Li algures que a aderência se deveria ao facto de políticos utilizarem "um dicurso referencial de dificíl compreensão". Mais uma vez nos tomam por tolos. O Humor, ele próprio, exige descodificação das referências que lhe estão na origem . Assim como os jornalistas - essas figurinhas de origami, ligadas entre si pelo frágil fio de papel - que projectam uma campanha eleitoral feita de flash's, sem nexo e contexto, na procura, parece que desesperada do sond-byte, da frase bombástica, desse discurso insinuador das fraquezas dos concorrentes, do dislate, do erro, do desnorte, os comentadores deste novo facto social pretendem afirmar que continuamos a ser marionetas da encenação do político. Dai não entender a afirmação. Se nos rimos, sabemos muito bem do que estamos a rir. O que descortino, em parte, na situação presente prende-se com o fim do Jornal de Sexta, que afastou a dura concorrencia, atente-se no desnorte programático da TVI, até à bem pouco líder de audiências e o rejuvesnescimento da SIC, através da chegada à maioridade de programas que foram exaustivamente burilados num canal intitulado SIC Radical. A experiência à muito dava resultados exponenciais de audiência entre um publico maioritariamente constituido por adolescentes e adultos de cariz urbano. Chegou agora ao grande público e aos canais ditos generalistas. Mas, existe sempre um mas na história da evolução das mentalidades que, de forma comum, parece aceitar bem uma tipologia de humor feita por indivuduos de fato e gravata encerrados no espaço de um estúdio e reaje de outra forma ao que poderemos considerar como franjas marginais do humor feito em Portugal. Provocador e adepto do corpo-a-corpo. O caso não é unico. Mas pelos vistos a Luta também Continua...